Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008

'Rosalinda se tu fores ver o mar' - Fausto

Por este rio acima Deixando para trás 
A côncava funda 
Da casa do fumo 
Cheguei perto do sonho 
Flutuando nas águas 
Dos rios dos céus 
Escorre o gengibre e o mel 
Sedas porcelanas 
Pimenta e canela 
Recebendo ofertas 
De músicas suaves 
Em nossas orelhas 
leve como o ar 
A terra a navegar 
Meu bem como eu vou 
Por este rio acima 

Por este rio acima 
Os barcos vão pintados 
De muitas pinturas 
Descrevem varandas 
E os cabelos de Inês 
Desenham memórias 
Ao longo da água 
Bosques enfeitiçados 
Soutos laranjeiras 
Campinas de trigo 
Amores repartidos 
Afagam as dores 
Quando são sentidos 
Monstros adormecidos 
Na esfera do fogo 
Como nasce a paz 
Por este rio acima 

Meu sonho 
Quanto eu te quero 
Eu nem sei 
Eu nem sei 
Fica um bocadinho mais 
Que eu também 
Que eu também 
meu bem 

Por este rio acima 
isto que é de uns 
Também é de outros 
Não é mais nem menos 
Nascidos foram todos 
Do suor da fêmea 
Do calor do macho 
Aquilo que uns tratam 
Não hão-de tratar 
Outros de outra coisa 
Pois o que vende o fresco 
Não vende o salgado 
Nem também o seco 
Na terra em harmonia 
Perfeita e suave 
das margens do rio 
Por este rio acima 

Meu sonho 
Quanto eu te quero 
Eu nem sei 
Eu nem sei 
Fica um bocadinho mais 
Que eu também 
Que eu também 
meu bem 

Por este rio acima 
Deixando para trás 
A côncava funda 
Da casa do fumo 
Cheguei perto do sonho 
Flutuando nas águas 
Dos rios dos céus 
Escorre o gengibre e o mel 
Sedas porcelanas 
Pimenta e canela 
Recebendo ofertas 
De músicas suaves 
Em nossas orelhas 
leve como o ar 
A terra a navegar 
Meu bem como eu vou 
Por este rio acima
Música: Rosalinda
Músicas do blog:
Publicado por Anamel às 23:50

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'Navegar navegar' - Fausto

Navegar navegar Mas ó minha cana verde 
Mergulhar no teu corpo 
Entre quatro paredes 
Dar-te um beijo e ficar 
Ir ao fundo e voltar 
Ó minha cana verde 
Navegar navegar 


Quem conquista sempre rouba 
Quem cobiça nunca dá 
Quem oprime tiraniza 
Naufraga mil vezes 
Bonita eu sei lá 

Já vou de grilhões nos pés 
Já vou de algemas nas mãos 
De colares ao pescoço 
Perdido e achado 
Vendido em leilão 
Eu já fui a mercadoria 
Lá na praça do Mocá 
Quase às avé-marias 
Nos abismos do mar 


navegar navegar... 


Já é tempo de partir 
Adeus morenas de Goa 
Já é tempo de voltar 
Tenho saudades tuas 
Meu amor 
De Lisboa 
Antes que chegue a noite 
Que vem do cabo do mundo 
Tirar vidas à sorte 
Do fraco e do forte 
Do cimo e do fundo 
Trago um jeito bailarino 
Que apesar de tudo baila 
No meu olhar peregrino 
Nos abismos do mar
Música: Navegar, navegar
Músicas do blog:
Publicado por Anamel às 23:47

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'O barco vai de saída' - Fausto

O barco vai de saídaAdeus ó cais de alfama
Se agora vou de partida
Levo-te comigo ó cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor
Lembra-te de mim nesta aventura
P´ra lá da loucura
P´ra lá do equador


Ah! mas que ingrata ventura bem me posso queixar
Da pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida


Sem contar essa história escondida
Por servir de criado a essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado
Foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que vida boa era a de lisboa


Gingão de roda batida
Corsário sem cruzado
Ao som do baile mandado
Em terras de pimenta e maravilha
Com sonhos de prata e fantasia
Com sonhos da cor do arco-íris
Desvairas se os vires
Desvairas magia


Já tenho a vela enfunada
Marrano sem vergonha
Judeu sem coisa sem fronha
Vou de viagem ai que largada
Só vejo cores ai que alegria
Só vejo piratas e tesouros
São pratas são ouros
São noites são dias


Vou no espantoso trono das águas
Vou no tremendo assopro dos ventos
Vou por cima dos meus pensamentos
Arrepia
Arrepia
E arrepia sim senhor
Que vida boa era a de lisboa


O mar das águas ardendo
O delírio dos céus
A fúria do barlavento
Arreia a vela e vai marujo ao leme
Vira o barco e cai marujo ao mar
Vira o barco na curva da morte
Olha a minha sorte
Olha o meu azar


E depois do barco virado
Grandes urros e gritos
Na salvação dos aflitos
Esfola, mata, agarra
Ai quem me ajuda
Reza, implora, escapa
Ai que pagode
Reza tremem heróis e eunucos
São mouros são turcos
São mouros acode


Aquilo é uma tempestade medonha
Aquilo vai p´ra lá do que é eterno
Aquilo era o retrato do inferno
Vai ao fundo
Vai ao fundo
E vai ao fundo sim senhor
Que vida boa era a de lisboa.
Música: O barco vai da saida
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Publicado por Anamel às 23:43

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